Leoparda Electric, nova startup de motos elétricas de ex-Rappi e ex-Tesla, promete revolucionar mercado no Brasil
A Leoparda Electric é uma nova startup de motos elétricas que irá oferecer ao mercado latino-americano um novo conceito de motocicletas e baterias elétricas, e promete revolucionar o mercado, principalmente no Brasil.
Uma das inovações da nova empresa será a venda da moto elétrica sem a bateria, ou seja, terá um preço mais baixo para o consumidor. Aí, com a assinatura mensal de um serviço de trocas de baterias, poderá utilizar quantas quiser ou precisar, sem precisar esperar para recarregar ou se preocupar com a vida útil.
Com captação de US$ 8,5 milhões em sua primeira rodada de investimentos, a empresa irá utilizar o montante para a contratação do time de profissionais globais, desenvolvimento de software próprio para a execução do negócio e também para a operação piloto no Brasil.
Com o objetivo de reduzir as emissões de carbono na América Latina e tornar a mobilidade mais acessível, a Leoparda Electric foi fundada graças aos esforços de dois executivos do mercado de inovação mundial.
Jack Sarvary foi um dos mais especializados e respeitados líderes da Rappi, lugar em que começou no time de operações quando a empresa tinha menos de 1 ano, depois virou gerente de Product Management. Logo, com grande veia empreendedora, foi o responsável por fundar dentro da empresa o serviço Turbo, de entrega em menos de 10 minutos.
Seu parceiro de negócios nesta nova empreitada é Billy Blaustein, executivo com cinco anos de experiência como gerente geral na Tesla, onde liderou grandes equipes em operações, a rede de “Super Chargers”, e a venda dos carros usados. Anteriormente, foi responsável pelo lançamento do Uber tanto no Brasil quanto no México.
De acordo com eles, o modelo de negócios da Leoparda Electric consiste no fornecimento de motocicletas elétricas e uma rede de estações que permitem que usuários possam trocar suas baterias descarregadas por outras prontas para uso imediato (ou seja, completamente recarregadas) a um baixo custo de assinatura mensal.
“As motocicletas elétricas não foram amplamente utilizadas na América Latina até hoje porque são caras e têm autonomia limitada. Usar um veículo desse hoje significaria que muitos usuários teriam que parar por aproximadamente 5 horas no meio do dia para recarregar, o que torna o modelo inviável para o trabalho. Com a gente, os usuários vão poder trocar sua bateria descarregada para uma nova completamente carregada em menos tempo do que abastecer com gasolina”, afirma Jack Sarvary, co-fundador e CEO.
“Além disso, nossos clientes poderão comprar a motocicleta elétrica sem a bateria, ou seja, em valor menor do que uma tradicional. Tudo isso significa que os trabalhadores vão poder reduzir seus gastos mensais em mais de 50%”, complementa Sarvary. Trocas ilimitadas de baterias recarregáveis e toda a manutenção está incluída para o usuário na assinatura mensal.
Mercado de motos elétricas no Brasil e América Latina
O fato de a operação iniciar na América Latina não é por acaso. Existem hoje cerca de 50 milhões de motocicletas nas ruas do continente, sendo que o Brasil concentra boa parte desse montante. No entanto, apenas 1% delas são elétricas, o que mostra atraso em relação a outras regiões como Europa, com 25% do total de motocicletas vendidas no ano passado sendo elétricas; e da China, cuja porcentagem sobe para 40%. São Paulo será a cidade piloto para o início das operações.
Com um propósito maior de impulsionar a mudança pelo empreendedorismo, Sarvary e Blaustein querem enfrentar dois dos principais desafios do mundo atual: a descarbonização e a desigualdade social.
“As motos elétricas são excelentes oportunidades nesse sentido, pois não somente removem veículos poluentes das ruas, mas também reduzem bastante o custo de mobilidade da população que, por vezes, não tem muitas alternativas”, pontua Jack, ao ressaltar que a ideia não é somente reduzir os custos para as pessoas que já têm motocicletas, mas também permitir que muito mais gente possa ter acesso a esse formato do transporte.
Por isso, a companhia tem como principal foco os motociclistas que utilizam a moto para trabalhar, como entregadores de aplicativos, já que são o público que mais gasta com combustível.
“Mudando para o modelo elétrico, essas pessoas vão economizar bastante, já que R$ 10 de gasolina equivale ao mesmo número de quilômetros percorridos que um entregador pode ir com só R$ 1 de energia elétrica”, pontua Billy Blaustein. Para essa iniciativa, a Leoparda já estuda parcerias com todos grandes players do mercado. A Leoparda Electric espera chegar até 1 milhão de dólares de receita anual no seu primeiro ano de operação.
fotos: divulgação