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Em tempos de gasolina cara, venda de bicicleta elétrica cresce 24,5% em 2021. Entenda

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Todo dia temos notícias de mais um aumento no preço dos combustíveis, principalmente da gasolina que, em alguns estados, já se aproxima de R$ 8 reais o litro.

‘Surfando’ neste aumento, a venda de bicicleta elétrica registrou um crescimento de 24,5% nos primeiros oito meses de 2021, comparando com o mesmo período do ano passado, de acordo com o site Aliança Bike, da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas.

De acordo com a entidade, foram 26.671 bicicletas elétricas produzidas e importadas no Brasil de janeiro a agosto de 2021, o que representa um volume 24,5% superior ao mesmo período de 2020.

Apesar do forte crescimento registrado, poderíamos estar crescendo ainda mais, já que a alíquota de imposto sobre produtos industrializados (IPI) sobre o modelo é de 35%, enquanto que a bicicleta convencional paga ‘apenas’ 10%.

Com isso, de acordo com a associação, o preço médio de uma bicicleta elétrica é de R$ 5.900,00 (dados de 2020). Isso dificulta a adesão maciça a esse veículo que pode (e deve!) ser utilizado como um meio de transporte sustentável e amigo do meio ambiente.

Apesar de mencionarmos a alta da gasolina (que pode ser um dos fatores para o aumento na venda das e-bikes), o diretor da Aliança Bike diz que ainda não podemos fazer essa ligação.

bicicleta elétrica specialized turbo vado lateral direita
Specialized Turbo Vado SL 4.0 EQ

“Não é possível afirmar que a alta do preço dos combustíveis tenha influência nas vendas de bicicletas elétricas. Primeiro, por ser um fenômeno ainda recente. E depois, pesquisas indicam que razões econômicas impactam menos do que outras, considerando a atual migração do automóvel para a bike elétrica, por exemplo. Isso considerando o cenário em que as bikes elétricas ainda são sobretaxadas e, portanto, são pouco acessíveis à maior parcela da população”, explica Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike.

Bicicleta elétrica x ciclomotor

Lembramos que a bicicleta elétrica, para usufruir dos mesmos ‘benefícios’ de uma bicicleta convencional, não pode ter acelerador, ela tem um motor apenas de assistência (auxiliar), ou seja, você precisa pedalar.

Além disso a potência e a velocidade máxima são limitadas. Com isso, você pode trafegar nos mesmos locais que uma bicicleta convencional, ou seja, por ciclovias, ciclo faixas, etc.

Se tiver acelerador, motor com potência máxima de 4 kW e velocidade máxima de 50 km/h, ela deixa de ser considerada bicicleta elétrica e passa a ser um ciclomotor, exigindo emplacamento e carteira de habilitação específica, de acordo com a resolução do CONTRAN Nº 842 de 8 de abril de 2021.

Enfim, o crescimento da venda de bicicletas elétricas é animador, mas precisamos de políticas públicas e redução dos impostos sobre os produtos para que uma parcela maior da população possa adquiri-la e utilizá-la, não só como lazer, mas como meio de transporte ‘verde’.

fotos: divulgação

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